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Como O Ambiente Influencia O Ser Humano - Psicologia Ambiental

    Logo a psicologia ambiental busca estabelecer relações entre as pessoas e o meio ao seu redor.

   Ao mesmo tempo, o ser humano é complexo e várias são as interferências na formação da personalidade de uma pessoa. 

   No entanto, sabe-se que desde as menores nuances ambientes podem impactar na parte cognitiva de alguém.

   Para que possamos entender a estás elaborações que tem relações, que surgiu a psicologia ambiental.

Portanto, o que é psicologia ambiental?

   Trata-se de uma vertente da psicologia que busca entender como o ser humano afeta e é afetado pelo meio ambiente.

   O que é interessante sobre a psicologia ambiental é que ela pode estabelecer relações com uma série de ciências como, por exemplo:

  • Sociologia;
  • Ergonomia;
  • Antropologia urbana;
  • Paisagismo;
  • Desenho industrial;
  • Biologia;
  • Urbanismo;
  • Geografia;
  • Medicina;
  • Engenharia florestal;
  • Arquitetura.

   Entenda o foco e objetos de estudo da psicologia ambiental

   Ao se referir ao meio ambiente não se restringe absolutamente à parte ecológica, mas também em sentidos práticos e em menores escalas.

   Por exemplo, a psicologia ambiental pode avaliar, dentro de uma esfera micro, a relação de uma determinada moradia com a parte cognitiva dos seus moradores.

   Além disso, é interessante dizer que a psicologia ambiental busca entender como as sociedades são moldadas por influência de aspectos ambientes macro como, por exemplo:

  • Economia;
  • Saúde;
  • Educação.

Psicólogo ambiental é uma profissão?

   A psicologia ambiental é uma especialização dentro da psicologia. 

   Assim, para atuar como psicólogo ambiental é necessário passar por duas etapas:

  1. Graduação em psicologia (5 ou 6 anos de duração);
  2. Especialização em psicologia ambiental.

   Psicologia ambiental e suas principais características;

   A psicologia ambiental amadureceu muito nas últimas décadas. 

   No início, tratava-se de uma ciência de caráter mais determinista.

   Ou seja, acreditava-se que ao moldar o ambiente moldava-se o ser humano.

   Nesse sentido, o primeiro ministro britânico elaborou a seguinte frase:

We shape our buildings and afterwards our buildings shape us” (nós moldamos nosso próprio ambiente e depois disso esse ambiente molda o nosso comportamento).

   No entanto, as pesquisas científicas mostram que há uma relação diferente do homem com o meio, possibilitando o estabelecimento das 3 principais características da psicologia ambiental, a citar:

   Multidisciplinaridade – atuação da psicologia ambiental com outras áreas do conhecimento;

   Atuação transacional – pode-se atuar tanto em um aspecto micro, buscando sanar questões pessoais, quanto no aspecto macro, propondo mudanças político-sociais 

   Unidade – passou-se a ver o ambiente e a pessoa com que ele se relaciona como uma coisa só. Isto é, o meio passa a ser parte do sujeito e este parte do meio.

   Um breve histórico da psicologia ambiental.
No entanto o pioneiro da psicologia ambiental foi o psicólogo Kurt Lewin.

   Esse profissional passou a analisar como questões bastante concretas da sociedade interferem no comportamento humano.

   Por exemplo, como casas, ruas, ambientes físicos de trabalho, instituição de ensino moldam a forma como se vive.

   A partir disso, vertentes de estudo relacionadas ganharam cada vez mais força.

   Nesse contexto, Egon Brunswik, psicólogo e PhD, foi quem utilizou primeiramente o termo “Psicologia ambiental”. 

   Principais conceitos e teorias aplicados à psicologia ambiental:

   Há vários braços teóricos que estruturam o conhecimento da psicologia ambiental atualmente, entre eles:

   Teoria do papel do ambiente – “Environmental Role” – a percepção de um meio está relacionada com a relação que a pessoa tem com ele (por exemplo, a diferentes percepções de um mesmo supermercado quando se avalia sob a visão do cliente e de um funcionário que lá trabalha);

   Teoria do comportamento planejado – “Theory of Planned Behavior” (TPB) – as pessoas tendem a escolher a(s) opção(ões) com os maiores benefícios (resultados positivos) e os menores custos (por exemplo, energia, tempo, dinheiro);

   Modelo ativado por normas – “Norm-Activation Model” (NAM) – refere-se ao grau de importância que damos a normas de vida individual em detrimento de leis sociais.

   Modelo ativado por valores e crenças – “Value-Belief-Norm Theory ” (VBN) – estuda como as pessoas agem com posturas pró-ambientais por se sentirem moralmente obrigadas a fazerem isso.

   Dentre as abordagens arquitetônicas que exercem influência na saúde mental mais faladas na mídia hoje está o minimalismo.

   E como é a psicologia ambiental na prática?
A prática da psicologia ambiental pode variar de acordo com padrões dimensionais e em relação aos padrões de relação meio-homem.

     Do ponto de vista prático, a psicologia ambiental pode atuar, por exemplo, no:

Planejamento de imóveis;

Tratamento de resíduos sólidos;

Estudos e planejamento de equipamentos urbanos, como trens, ciclofaixas;

Relações de vizinhança;

Sequelas de desastres ambientais;

Impactos de condições extremas de pobreza, estresse, barulho.

   Veja como a psicologia ambiental é integrada ao design e à arquitetura. É natural que alguém, ao se deparar com algo belo, sinta-se de alguma forma melhor.

   Assim como, por esta busca pelo equilíbrio, de acordo com os níveis socioculturais, para o design e a arquitetura atuam em conjunto com a psicologia no intuito de promover a qualidade de vida através das obras.

   Para as pequenas alterações nesses aspectos podem fazer uma grande diferença no comportamento e estado mental das pessoas.

   Neste meio tempo, tanto quanto as escolhas de cores pode auxiliar na promoção de um estado de tranquilidade ou de agitação, em virtude que as determinadas formas arquitetônicas de presídios podem gerar maior sensação de opressão em detrimento de estímulo à mudança de vida.

   Para o impactos positivos da psicologia ambiental.
Constantemente a inúmeros impactos positivos da psicologia ambiental, entre eles são:

Melhora das relações interpessoais sociais;

Diminuição do estresse e ansiedade;

Otimização da performance laboral;

Promoção de medidas ecologicamente sustentáveis;

Incentivo a uma relação de consumo mais consciente.

Para se aprofundar: 5 livros e artigos sobre psicologia ambiental

Sugestões abaixo dr algumas literaturas que você pode consultar para se aprofundar no tema:

Psicologia ambiental: uma nova abordagem da psicologia – elaborado por Rosane Gabriele C. de Melo, Mestre em Psicologia Ambiental pela Universidade de Surrey (Inglaterra);

Educação ambiental e psicologia positiva: interlocução estratégica para a promoção do bem-estar e da sustentabilidade na escola – Helena Águeda;

Introdução à Psicologia Ambiental: Pessoa e ambiente – Gabriel Moser;

Psicologia ambiental: Conceitos para a leitura pessoa-ambiente – Sylvia Cavalcante;

Psicologia ambiental / Environmental Psychology – Juan I. Aragones Tapia.

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